Géa também é fácil!!!

"Géa não tem palavras difíceis. Géa tem palavras melhores! Quem pensa com palavras melhores pensa melhor. E faz."

Se todos fossem leões, todos os leões morreriam... (CCDB, para esta página)

Para aqueles que se assustaram coa página "Géa é difícil???", eis abaixo um texto de "dificuldade" mediana, que qualquer pessoa conseguirá ler sem ajuda de dicionários ou do Livro Treze (glossário e dicionário da obra Géa).

É um excerto das páginas 80 e 81 do Livro Primeiro de Géa, capítulo "No escuro da noite" e mostra parte de uma cena onde três "elastos", uma espécie de gatos do planeta Géa, são os protagonistas de uma história comoventíssima, na qual se tornam vítimas da perfidez de um bio-computador que, naquele tempo, era "do mal":

"De repente, o rastro aéreo dissipa-se. Nem a menor partícula resta para o faro ávido dos três caçadores, na escuridão.

Como num só comando, três pares de olhos - enormes para as dimensões dos encéfalos - dilatam mais os diafragmas íris e deixam entrar os raros e tênues gédons, fótons extraviados na sombra. Cada par percebe dois outros pares luminescentes de espelhos redondos vagueando no ar. Os fótons adoram refletir no fundo das células prateadas por trás da retina e passar de novo, excitando-a e reforçando a imagem!... Assim, tornam-se uma só coerência, uma só impressão, uma só entidade. - Relacionar mais para existir mais - cada fóton sabe de cor, lá com seu spin unitário.

- Poder lindo! - interliga duas emoções-vocábulos a flexível Macia, ao captar a silhueta vigorosa do macho à frente, de novo a mirá-la. Não exprime a frase em fonemas (demasiado complexos), conquanto seus olhos também possam piscar duas vezes e alceie o focinho gracioso para Poder - isto supera as palavras.

- Rruuunhééééérruuu... - pronuncia, girando a cabeça para Bélica, preocupada pelo tempo enorme gasto na elaboração de tão intricado raciocínio, pois, quando pensa, os sentidos relaxam o alerta.

Risco muito grande para se correr, mesmo em companhia de Poder. Não o perigo de ser surpreendida por um ente qualquer, porquanto Macia é invencível; sim, a circunstância de perder algo das muitas coisas interessantes ao redor.

- Khhhiiiíu! - atende Bélica, saltando e galopando buliçosa na direção do chamado. O galope jamais pode ser desperdiçado sem um bom ataque no final, portanto Bélica dá o bote sobre a paleta de Macia, mordendo com agulhinhas pontudas e arranhando com garrinhas de alfinete. Tudo em vão: não atravessam a pelagem sedosa e perfumada da mãe; sequer lhe tocam a pele suave.

Indignada pelo fracasso, Bélica não se dá por vencida, nem responde ao acolhedor murmúrio de Macia: arrisca-se em valoroso assalto a Poder, direto aos olhos faiscantes. Quando os alfinetes se abrem, em prodigiosa extensão para o tamanho do filhote, encontram o vazio... Com dedos ovóides abertos e garras prudentemente recolhidas, a robusta pata do pai achata o bichinho valente no chão, sem machucar, com a força exata.

Bigodes-sensores projetam-se à frente, orelhas retraem-se, olhos tornam-se fendas guarnecidas, maxilas se arreganham mostrando o brilho de alvas presas e serrilhados dentes triangulares, grossa língua de ásperas e pontiagudas papilas se esconde para o fundo da fauce - tudo em milissegundos -, e vem o revide final: Bélica está irremediavelmente abocanhada e sem ação.

- Hhhhééééééssssssss! - emite Macia, também transformada em máquina irresistível de ataque. Entre o aviso e o arremesso, nenhum tempo se passa: Poder é mordido no pescoço por detrás e obrigado a deixar a presa para enfrentar a nova contendora.

Poder jamais ultrapassaria os limites com a adorada Bélica; mesmo sabendo disso, Macia permite ao corpo elástico agir como se a mordida de Poder fosse perigosa ao filhote."

E para quem queira ver se há textos de dificuldade mínima em Géa, eis um extrato das páginas 366 a 367, Livro Segundo, Capítulo "Ali... no canto escuro!...":

"- Sendo assim... Qual o seu propósito? - questiona o enkinho.

- Vim pedir-lhe um favor. Um grande favor. O maior favor jamais prestado a meu povo e a todos os povos dos planetas ao redor de Ro Bolinei... - implora o aracnopólipo, em tom humílimo, inacreditável para os volumosos órgãos vocais.

- Pedir-me?! Um favor meu?! Nem grande sou, ainda!... - obtempera o pré-adolescente geóctone.

- As imagens mentais tentavam mostrar-lhe a morte imposta por mim, quando gediava entre os mortais, à zuni... perdão... à menininha terráquea e ao gatinho dela. - informa o monstro. - Procurava apenas apresentar os fatos; não, despedaçar seu Ky... E esses fatos eram tão violentos... Tiveram esse infeliz efeito. Ainda não sei dosar minha Géa de Ky...

- Maw! - interrompe a telária, entrando na conversa. - Pela glória dos venenos, eu estava aqui, no estato certo! Ou melhor... O Kytelária ter-me-á enviado no estato certo... Sob a Géa do Kytelária foi possível restaurar seu Ky, Amigo filhote de Enk! Mawmawmaw... Poderoso Kytelária!...

- Sim... Perdoe-me... - responde o aracnopólipo.

- E o pedido, qual é? - pergunta o enkinho, iriando claramente o monstro num ambiente onde seus pais só enxergariam trevas.

- Meu planeta e todos os outros ao redor de Ro Bolinei têm os cromats contados. Aliás, esta é uma longa história, e foi o próprio motivo da Guerra Galáctica... - desabafa o monstro pêntio, num cavo suspiro.

- Conte! - pede o enkinho.

- Maw! - confirma a telária.

- Há muitos espectros, nossos astróbios concordaram: Ro Bolinei fruía seus últimos ritmos de estrela amarela. - rememora o monstro. - O ciclo do liqüênio findava, e em breve o astro se expandiria numa gigante vermelha. Isso poria fim à gédia dos seres organizados em todos os planetas do sistema.

- E depois?! - quer saber Rá.

- Maw! - reforça o telarídeo.

- Nessa época, éramos povos pacíficos. - conta o pêntio. - Passadas inúmeras guerras, aprendêramos a controlar os instintos belicosos e predadores. Apesar de nossa aparência, já iam longe os cromats de usar tentáculos e quelíceras para o ataque.

- Maw... Decadentes... - sentencia a telária. O aracnopólipo prossegue, fingindo não ter escutado."

No texto acima, as palavras do idioma teruzês, falado no país Teruz, do planeta Géa, estão completamente aprendidas nesse ponto da leitura pela Leitora, o Leitor, porque já apareceram antes e, na primeira aparição, remeteram-nos ao glossário do Livro Treze.

No entanto, mesmo sem essa consulta ao Livro Treze, terá sido fácil perceber que "írios" são "olhos" e que "cromats" quer dizer "dias", porque o progresso no texto foi programado para ensinar isso com imensa e divertida facilidade.

- CCDB 23-08-2006


Se ainda achou qualquer dificuldade nos textos acima, saiba que é de leitura AINDA MAIS FÁCIL o livro chamado )que( !

Veja este exemplo, da página 98, capítulo "O Castelo de Umalfa", livro )que(, onde não pulo linhas entre parágrafos (como abaixo) mas fiz uma indentação para distingui-los, que aqui não aparece:

"Igual a tela do monitor de vídeo de meu velho micro, a face do espelho escurece. Nela some-se-me o rosto, desaparece a janela do banheiro por trás de mim e quanto o objeto refletia. Imediatamente se esvai a parede ao redor do espelho, e também essa visão direta submerge no mais pleno negror.

Um defeito no espelho? Se o do castelo pareceu máquina, este meu não o será também? E se o Espírito do banheiro não mais voltar; e se o Espírito for parte da máquina; e se eu próprio acabar sorvido por esta treva, feito os elétrons nos condutores, quando o circuito entra em oscilação e até se queima? Eu, num defeito!!!"

Algo mais sobre o conteúdo de )que( - Something more about the content of )que( !

Prefácio de Sergio Sacco para o livro )que(

Opiniões sobre o livro)que(

Para saber mais sobre )que(

Para ler a apresentação de )que(, clique aqui!

Para o editor saber o que antepôr à primeira página de )que(, clique aqui!

Amostra com Sumário do livro )que( - em PDF (22KB)

Na página Géa também é fácil você encontra pequeno excerto de )que(

Resumo do livro )que( !!!

AMOSTRA DOS QUATRO PRIMEIROS CAPÍTULOS DE )que( !!! (em PDF - 32KB)

DEPOIS DE LER A AMOSTRA INTEIRA, e apenas se estiver achando alguma semelhança entre a vida de Clestis e a minha, LEIA ESTA NOTA sobre o primeiro capítulo do livro )que(.

AMOSTRA DO CAPÍTULO "O CARTÃO", DO LIVRO )que( !!! (em PDF - 54KB)

Editor: se você gostou, ao ler os quatro primeiros capítulos de )que(, pelo primeiro dos dois links logo acima, mas se pôs a pensar que se trata de um livro de "apenas" ficção... a leitura do capítulo "O Cartão" lhe mostrará estilo de sombrear os melhores contos de Guy de Maupassant, porém com qualidade vernácula e sonoridade como as de Géa, para Gustave Flaubert nenhum botar defeito! Confira!!!

Depois de me honrar em ler o capítulo "O Cartão", por meio do link graúdo logo acima, você poderá pensar que o tema principal desse capítulo se liga ao Segredo revelado pelo livro )que(. Porém, o Segredo é apenas insinuado, mui de leve, em tal capítulo; não, o bastante para descortinar-se. Só mesmo lendo o livro inteiro, você saberá qual é o Segredo, apreendido e mencionado por Sergio Sacco em seu prefácio. Considere o capítulo "O Cartão" lucipotente rubi literário; um conto que se manteria, autonômico, a chamejar fora do livro, mas incrustado intersubjetivo na constelação de brilhantes, semimergulhado na água lustral chamada )que( ! livro que tem um português extremamente fácil e fluente, conquanto escorreito.


Para quem quer mais "moleza" ainda... que tal ler a série infanto-juvenil que também os adultos adorarão? Ei-la: Geínha!!!

Aqui está a página 21 do Livro Primeiro de Geínha, capítulo "O Prefácio" (não confundir com o Prefácio propriamente dito):

"- Maw! O prefácio de Geínha ficou uma droga!

- Droga é o seu nariz, Tóxia!

- Telárias não têm narizes, seu bobo. Mawmawmawmawmaw.

- Por isso não sentem o cheiro ruim das zúnias, há-há-há-há-há...

- Maw! Sentimos, sim! E o cheiro não é ruim coisíssima nenhuma. Só quando pisam na jétia dos enks. Enks são fedidos por dentro, mawmawmawmawmaw...

- Vai dizer que gosta do cheiro da sua própria jétia, Tóxia...

- Jétias de telária não cheiram, Talia! Telárias não deixam cheiros dando nas antenas das zúnias por aí. Somos as maiores caçadoras de todos os Universos. Maw!

- Perdoem-me, Rá e Talia, mas acho que Tóxia tem certa razão...".

Claro que, nesse ponto da leitura, as palavras do idioma teruzês acima apresentadas já estão bem conhecidas da Leitora, do Leitor: "maw" e "mawmawmaw" são expressões que a telária (ver adiante) chamada Tóxia faz com seus palpos, para falar e soltar interjeições; "telárias" são uma espécie de "aranhas" do planeta Géa; "zúnias" são um tipo de "moscas" de lá; "jétia" é um plebeísmo para "excremento"; e "enks" são os "homens" do mesmo planeta.

"Géa não tem palavras difíceis. Géa tem palavras melhores! Quem pensa com palavras melhores pensa melhor. E faz."

Leia aqui um texto de Géa em que Arqueu fala "difícil", seguido de outro em que ele fala "fácil".

Saiba mais sobre os diálogos de Géa!


ESCADA EM DOIS LANCES PARA O MELHOR VERNÁCULO!

Há quem pense que Géa é difícil. Além de tudo quanto por si só significa, Geínha foi projetada para servir de escada, degraus ajustados com alta precisão, para ir iniciando a Leitora e o Leitor na língua portuguesa e os habilitar a ler Géa com toda a facilidade.

Géa também foi assim projetada e é a escada, a partir do patamar alcançado em Geínha, rumo ao nível máximo do nosso vernáculo.

Embora se complementem nesse propósito didático, Géa e Geínha são obras completas e independentes - não é preciso ler uma para ler a outra.

O livro )que(, de vocabulário facílimo, também dispensa a leitura de Géa e de Geínha, conquanto convenha ler-se logo após Géa, pois foi escrito depois. - CCDB


 

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