(O texto a seguir é um excerto da página 2204 de Géa, versão não-ilustrada,
onde se nota como Arqueu fala "difícil" com a espada chamada NUNCA)

- Felizardo é Você, Amigo, apto a matar e a jamais o fazer! -
A espada lampeja, vibra, zine e redargúi à mente do engenheiro:

- Você também é capaz de não matar; e, contudo, mata. - Ao
ouvir isso, Arqueu memora algumas das incontáveis cenas de suas
aventuras, a machadar, estocar, arcabuzar, metralhar e fremir...
Dardejando um olhar carbonizador, o homem agérato fala à espada:

- Vissem-me a atividade, entre um e outro trabalho de áudio,
nos espaços entre as pesquisas de restauração da vida a Almé, e
far-me-iam personagem maléfico de livros e filmes de terror.

- Como ocupa esse tempo, Arqueu?
- Faço-me de arrivista, isca (ora na estrada, ora na rua; em
qualquer lugar propício) para atrair representantes da lei corruptos.
- E ao encontrá-los...
- Divertem-me suas açodadas manhas. Saem de pardieiros
tábidos; qual débeis coelhos, de luras. Não vêem lambareiros lobos;
sentem-se donos da situação; desmascaram-se em caturras hienas;
unem-se em pandemônio, encetam razias, soem supliciar as vítimas,
e intensam-me o sabor do desforço: julgam-se predadores, e estão
sendo apresados... Quando notam a falácia de sua inexpugnabilidade,
mostro-lhes minhas garras, assusto-os, horripilo-os, esfiapo-os em
molambos e rebolco-os, estrabados, ao lagamar do pavor!

- E eivam-se; e mata-os a tiros, com pelouros de ouro.
- Mato!!!!! !!!! !!! !! ! : . - e Arqueu corrige NUNCA, ao sacar
do chumbeiro, à cinta, e sopesar, com malabarismos, um pelouro;
não, de ouro: de osmirídio!

...Um brilho metálico desliza, zimbrando o ar, pelo fio da
lâmina virgem; e os átomos de reatâncio estremecem, ansiosos de
alanharem gânglios e provarem miserando sangue, temperado coa
linfa do terror. O nome da espada dilata-se; aprofunda-se-lhe o
talho das cinco letras, e a atmosfera silente segreda: “- NUNCA...”.

(Segue-se o texto da página 2205 de Géa, versão não-ilustrada,
ao qual se refere a ilustração acima e inicia o capítulo IULIA,
com o diálogo de Arqueu, falando "fácil" com Terrar)

Dia seguinte. Um apartamento. Um gatinho. Uma collie.
Terrar deixa “tudo isso” a Marianinha e chega cedo ao estúdio.

- Oi, Arqueu! Tem algo pra mim? Gostaria de ajudar!

- Claro, Terrar! Sempre há alguma coisa pra quem quer ser útil.
Você pode limpar os cabos dos microfones e das linhas, depois
enrolar e guardar naquele armário. O álcool isopropílico 'tá aqui.

- Deixe comigo! Sei onde há material de limpeza. - Quem ouvisse
o diálogo não creria ser o mesmo Arqueu da conversa com Louriage:
o homem agérato fala com cada um na linguagem deste.

- 'brigado; os Etéreos vão gostar. Aproveito sua boa vontade pra
sair e lanchar: 'tô com saudade dum bom sanduíche de pernil,
cheio de molho e pimenta, com café bem quente!

- Com café?!
- Bem quente!
- Puxa vida!
- É! Sonoriza a pimenta... Dá uma espécie de eco na língua.
- Se soubesse, tinha-lhe trazido um vidrão da mais braba!
- Desperdício: comigo durava um dia!
- Devia viver no México!
- Já vivi! Por isso fiquei assim...
- Ai, caramba! Vai ver, foi expulso das plantações de lá...
- (...) 'té logo, Terrar. Fique com Deus.

Atrás de Arqueu, a mesa CCDB 44 ® no desenho em 3D © que eu fazia para todos os Produtos CCDB ®,
inclusive para os circuitos eletrônicos, cuja biblioteca de componentes tridimensionais criei especialmente -
e ainda tenho comigo para uso futuro, quando alguém continuar o meu trabalho artesanal.

Veja, ora no mundo objetivo, a foto da mesa CCDB 44 ® do mostruário de meu Laboratório-residência.

Lista geral de personagens de meus livros (PDF 640KB).

Lista de naves da obra Géa (PDF 59KB).

Não imagine o texto em verde, acima, extrato de Géa, como a descrição da personagem a partir da imagem!!!
Os meus desenhos de computação gráfica (qual o de Arqueu, na ilustração acima) absolutamente NÃO representam a
minha perspectiva ou visão das personagens que criei em meus textos, muito melhor descritas nestes do que nas imagens,
pois estas se limitam pelo meu pobre equipamento de computação gráfica - e nesses textos o único limite sou eu próprio.
Compare, por favor, a qualidade da descrição no texto acima, em verde, extrato de Géa, com a qualidade do
desenho de Arqueu. Apesar disso, sou um apaixonado pelas minhas personagens,
e me devoto a recriá-las em desenho, o melhor que posso. - CCDB.

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