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Tropicalismo; We, Mutantes;
CCDB toca no festival de MPB com os outros Mutantes e Gilberto Gil - “mov” produzido pela BOSSANOVAFILMS CCDB no livro “Tropicália: Um Caldeirão Cultural” - de Getúlio Mac Cord Nota de CCDB em 09-02-2008: embora a capa do livro de minha autoria denominado "We, Mutantes" esteja pronta e também a última capa, ambas com estonteantes ilustrações, não as apresentarei neste site ou a pessoa alguma até que tal livro obtenha as autorizações para publicação citadas no texto a seguir e eu o possa oferecer aos editores. Por esse motivo, o link-imagem da página Arquétipo que remete a esta página apresenta em branco a capa desse livro. Na foto ao lado, um detalhe da capa do LP "Tropicália", onde se vê a Guitarra de Ouro Regvlvs Raphael número I - que NADA tem de tropicalista, assim como eu TAMBÉM NÃO - CCDB. Venho sendo assediado por gente que se interessa em reviver velhos movimentos a qualquer custo. Por esse motivo, sou obrigado a inserir matéria estranha neste site, cujo objetivo é exclusivamente divulgar os meus livros para os editores de todas as mídias. Nada melhor que a Verdade, reproduzida abaixo por meio da cópia de minha correspondência com um jornalista que deseja manter-se incógnito. Claro que reproduzo tal correspondência com o devido cuidado em respeitar a privacidade e o sigilo dessa e de algumas das outras pessoas ali mencionadas, apagando-lhes os nomes. Fora isso, a reprodução da troca de mensagens é integral e aparece na seqüência em que se apresenta no Outlook Express, onde as recebi; portanto, as de baixo são as mais antigas. Como a reportagem do jornalista com quem me comunico nessas mensagens não foi realizada e já se passou tempo suficiente, não considero quebra da prometida confidencialidade a reprodução do texto integral destas nossas mensagens, texto esse o qual serve de resposta a todos os que me vêm procurando para saberem sobre tropicalismo, outros ismos, Mutantes e Géa. Também aqui, sob a troca de mensagens que a menciona, reproduzi uma "carta profética" escrita por mim a meu irmão Sérgio em 2004. Esta página de meu site é a minha primeira (e pode vir a ser a única) menção pública ao livro de minha autoria "We, Mutantes", que NÃO estou oferecendo aos editores para ser publicado nem a pessoa alguma para ser lido. - CCDB 26-12-2007. Eis as mensagens e, sob elas, a carta profética - após a qual me manifestarei sobre totalitarismo e encerrarei esta página: |
03-09-2007 - 09:18 Oi, XXXXXXX. P.S.: na medida em que alguém possa ser fruto do meio, o meio em que vivi nos tempos áureos dos Mutantes e do tropicalismo sempre foi o de minhas próprias experiências, principalmente as místicas (a com LSD o foi por inteiro). Naquele tempo eu era avesso a política, embora me mantivesse atento, porque meu pai militava na política (creio que você sabe a história de meu pai como secretário particular de Dr. Adhemar de Barros Pai), e porque a política me tirou muito do tempo do grande pai que tive. Em Géa há idéias filosóficas que poderiam revirar o mundo, como a da biorrelatividade, da qual se poderiam tirar idéias éticas e políticas - aliás, existe alguma previsão do que seriam, no livro. Mais sobre esse assunto, ver por favor a página Nem Plágio Nem Coincidência, a mais visitada do meu site, no final, subtítulo "Aldous Huxley e Géa".
P.P.S.: Acontece que, off-line pra manter o telefone livre, estou relendo a resposta que lhe dei, e descobri uma frase dúbia, que aqui esclareço: "Quanto a não me ajudar na publicação dos meus livros, isso não me
P.S.3.: Oi, XXXXXXX. Você já deve estar cheio de tanta mensagem...
Faltou responder sobre aquele meu dito na carta profética, onde me chamo de "o novo Gil". Na sua mensagem, é este o parágrafo: "Géa me parece, de certa forma, uma "Tropicália digital". Lembro muito da tua carta pro teu irmão, dizendo mais ou menos isso ("eu sou o novo Gilberto Gil" era a frase, salvo engano). Isso me soou ousado demais na época, mas na hora compreendi bem o conteúdo da frase. Ao longo do tempo, compreendi ainda melhor."
Eu me chamo, sim, de "novo Gil" naquela carta profética. Porém, isso significa tão-somente que, com relação ao que os Mutantes pudessem fazer de novo hoje, estou para tal conjunto como Gil esteve naquele tempo: sou uma outra força, nova, poderosa, mística, filosófica, ética, política, literária, poética e tal, que, se unida ao conjunto musical, terá com este extrema sinergia.
Apenas isso. Minha metáfora sobre Gil não significa que eu tenha idéias parecidas coas dele, de Veloso ou de qualquer tropicalista.
Um abraço, do
Cláudio
P.S.4: Oi, XXXXXXX! (mais um e-mail antes de receber resposta sua)
Enquanto espero você digerir (se me der a sincera honra de provar tanta e tanta mensagem, por cuja abundância desde já me desculpo) a matéria toda que lhe forneci, gostaria de acrescentar a seguinte sobremesa.
Segundo o Dicionário Aurélio Eletrônico - que não é o pai da verdade mas sempre ajuda, até pra dele discordarmos (e mesmo para lhe corrigirmos a grafia, onde "unía" está acentuado e o correto seria "unia"...) -, tropicalismo em poucas palavras é:
"Movimento artístico brasileiro do fim dos anos 1960 que, esp. na música, unía elementos da cultura nacional e outros da art. pop e da vanguarda erudita."
O que interessa na definição acima (que portanto alguém tentou...) é a data, o período em que nasceu o tropicalismo.
Tive o prazer de conhecer Gilberto Gil em pessoa, por ter vindo ele à lendária casa de meus pais, onde eu vivia, na R. Venâncio Ayres 408, V. Pompéia, São Paulo - SP, e ter ele ali ensaiado conosco, os Mutantes, comigo à bateria, cujo desempenho muito me elogiou e pelo qual me propôs que tocasse com o grupo desde a primeira apresentação Mutantes-Gil. Não aceitei o convite e comuniquei a todos do grupo (Gil inclusive), porquanto achei mais interessante para o meu movimento (que era propagar as minhas preexistentes e bem formadas idéias e elevar os Mutantes ao que alcançamos) manter-me na manufatura dos instrumentos musicais, continuando a gerar e me dedicar exclusivamente à fase Tecnologia no par indissolúvel com a fase Música, da espiral Evolução.
Esse meu primeiro encontro com Gil seguiu-se de outros, sempre ele nos visitando e passando bons momentos no meu ateliê, as sete salas do porão da casa supracitada, vendo-me a criar e manufaturar as Guitarras, os amplificadores (valvulados naquele tempo...) e outras invenções minhas. Nunca o segui a parte alguma, jamais o visitei.
Não conversamos sobre qualquer tema outro que não os meus instrumentos, que Gil assaz admirava. Não falamos em política ou filosofia ou qualquer coisa ligada ao que veio a chamar-se de tropicalismo. Também não comentamos as minhas experiências místicas ou as minhas idéias filosóficas e políticas.
A última vez em que estive com Gil foi quando, enquanto eu orientava o engenheiro de áudio do Estúdio Eldorado na gravação de "Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida" (LP de Rita Lee onde todos tocamos - inclusive eu, na zabumba e em várias falas que permanecem gravadas, trabalho esse que, como sempre... nada me rendeu em dinheiro). Gil lá esteve, silente atrás de nós, na cabina de gravação, observando atentamente (e decerto aprendendo muita coisa) o trabalho de equalização e misturação, que eu orientei - e que depois foi um tanto modificado (infelizmente porque piorou) pelo Arnaldo, numa remixagem.
Caetano Veloso não conheci em pessoa e também não li qualquer texto seu nem prestei atenção às letras de suas canções. Não me seduziam outrossim as letras das canções dos Mutantes ou de conjunto musical algum. Portanto, letra de canção nenhuma levou-me a cogitar coisa alguma ou a entrelaçar idéias e ideais.
Nunca jamais li qualquer idéia de Gil ou de Veloso, nem qualquer entrevista deles onde apresentassem suas idéias. Por necessidade de conhecer matéria onde meu nome fora citado, li muita coisa de terceiros que tentaram explicar o comportamento e as idéias de Gil, Veloso e companhia, e sempre achei as explicações mui vagas, criações pessoais dos escritores, tudo cheirando forte a tentativas de promoção de socialismo (ou mesmo comunismo) e principalmente de auto-promoção de quem escrevia.
Como não é de meu feitio (um defeito meu, sim) atentar a letras de canções, talvez porque eu quase sempre as achasse e ache excessivamente burras, também não bebi dessa fonte qualquer conhecimento sobre o que porventura ou desventura pudesse ser o tal de tropicalismo.
Parece-me que o movimento a que o rótulo se refere não passou de rebeldia e, no mais, de velhos conceitos políticos, que se mostraram e vêm mostrando úteis a quem queira se aproveitar dos povos, por trás da inescrutável palavra Estado, mas inúteis, prejudiciais e perniciosos ao indivíduo, à sociedade, à família, à nação, ao mundo. (1) VER NOTA, SOB ESTA MENSAGEM, A RESPEITO ESTE PARÁGRAFO E O QUE LHE FICA IMEDIATAMENTE ACIMA.
No que tange à rebeldia; então, sim, por ter nascido diferente - patinho feio, gênio como dizem os obrigatórios e duvidosos testes de Q.I. quando prestei e presto exames para tirar e manter a carteira de motorista profissional (a qual precisei tirar para dirigir o nosso mutante caminhão quando transportava o equipamento para espetáculos); por tudo isso e pela perspectiva mística, de quem alcançou uma visão cósmica do universo, da sociedade e do indivíduo, fui e continuo a ser o rebelde que conserva aquele dístico na camisa e no coração - embora o dístico é que tenha se revelado de acordo com o meu jeito de ser; e, não, que NON DVCOR DVCO tenha me influenciado ou configurado a minha personalidade. Eu já era rebelde e auto-suficiente e cônscio de minha superioridade em relação à média das pessoas, mui antes de ouvir falar de Gil, Veloso e tropicalismos.
Não era eu um Hitler nem um Stalin, mas nascera um César. E o meu orgulho se explica ao ler a página Amodéstia no site www.ccdb.gea.nom.br, porque, tal como hoje sou adrede arrogante para chocar as pessoas e lhes abrir os olhos ao meu trabalho atual, assim fui sempre que havia algo a mostrar ao mundo - como ao exibir os Mutantes, naquele tempo.
A minha arrogância é premeditada, pois. O orgulho e a consciência são sinceros.
Quando não é tempo de brilhar assim, oculto-me - e o nome que me deram de Mutante Oculto não fui eu quem inventou e comprova minha afirmação e sinceridade.
Bem antes de saber de Gil, de Veloso e de tropicalismo, minhas idéias já se maturaram, por ser filho de meu pai, por viajar com ele em campanhas políticas, por ler o que podia sobre misticismo, filosofia e política e por ter nascido assim, com genes bandeirantes.
Se você quiser ainda - depois desta "avalancha de informação", para parafrasear Georgia na reportagem e lhe corrigir o galicismo "avalanche", e deste maremoto de amodéstia - escrever a reportagem sobre este seu amigo, que espera continuar a sê-lo empós tudo isto; então quem sabe o tema "rebeldia" pudesse ser, como já propus, a chave da possibilidade dessa matéria.
Um abraço forte, do
Cláudio
(1) NOTA SOBRE OS PARÁGRAFOS IDENTIFICADOS ACIMA, EM RESPOSTA A UM AMIGO QUE LHES CRITICOU A COERÊNCIA: A fonte da qual eu não bebi conhecimento sobre o tropicalismo foi a que se compõe das canções mencionadas nesse parágrafo. O tropicalismo não está bem definido em fonte alguma, no entanto. O meu parágrafo segundo harmoniza-se com e não contradiz em absoluto o primeiro, já que começa com a palavra "parece-me". Só posso dizer "parece-me" quando uma coisa não está bem definida em lugar algum, conquanto eu tenha vivido toda a época dita "tropicalista" e conhecido Gilberto Gil em pessoa, bem como acompanhado o movimento naquele tempo, sobre o qual repito tudo o que se acha no segundo parágrafo e em todos os textos desta página. Sobre a indefinição do tropicalismo, se você ler (caso não tenha lido) o verbete "Tropicália" da Wikipédia, verá que o subtítulo "Críticas" inicia assim: "Embora marcante, o Tropicalismo era visto por seus adversários como um movimento vago.........." etc.. Não sou eu apenas, portanto, que considerei (e ainda considero) o tropicalismo vago e indefinido. Vezes assisto ao programa do Ratinho no SBT, para olhar e "curtir"a cativantíssima Valentina, com Dalgiza ao meu lado. Quando uma pessoa lê um tema qualquer e tem a mente polarizada com idéias preconcebidas sobre esse tema, é difícil senão impossível comunicar-lhe algo, por melhor e mais claro que a gente escreva - é o caso do meu amigo (aliás pessoa muito inteligente) quando o tema é tropicalismo: ele não me entende ou não me quer entender. Por isso, não me surpreendeu o esforço de alguém para ser entendido, quando li num dos programas recentes do Ratinho certo texto escrito com giz numa lousa, posta diante de um barracão. Extraído como curiosidade jocosa da Internet pela produção do espetáculo televisivo, o texto era mais ou menos assim, todo em maiúsculas, sem espaços nem parágrafos: “ESTE BARRACÃO NÃO VAI ABRIR HOJE. MOTIVO: PORQUE ESTARÁ FECHADO” (...) Aproveito a abertura deste espaço para acrescentar um comentário sobre uma das características do tropicalismo, movimento que, apesar de vago, poissui algumas. É a antropofagia. Antropofagia faz parte de movimentos prévios ao tropicalismo e grosso modo significa: deglutir trabalhos alheios, em geral desenvolvidos em países com tradição e história mais antiga, e depois regurgitar o resultado de uma semi-digestão, como se fosse uma obra nova. Quem ler as páginas deste site, em especial a mais visitada de todas, Nem plágio nem coincidência e a também muito visitada Se não acredita, verá que não apenas sou absolutamente avesso a antropofagias, as quais para mim não passam de plágios, como adoro gerar de mim próprio a arte, a manufatura, o artesanato, o produto eletrônico e hoje em especial o livro. É muito importante diferenciar antropofagia de aproveitamento de tecnologia, de técnica, de conhecimento e de cultura para, no topo de uma escada evolutiva, criar deveras uma ou mais obras originais. Se não aproveitássmos a tecnologia antiga para criar a nova, estaríamos na Idade da Pedra reinventando o tambor num tronco oco de árvore - e o músico seria o antropóide espancando esse tronco. Sem a tecnologia, sem os instrumentos que criei com base em tecnologia antiga e na nova tecnologia inventada por mim, os Mutantes jamais teriam saído dos fundos da casa da Rua Venâncio Ayres 408. Tecnologia e música são equivalentes e complementares na curva evolvente da arte. Meus livros e minhas idéias, neles apresentadas, são ao extremo as minhas próprias, a ponto de eu me negar a mim mesmo a leitura dos clássicos quando comecei a escrever Géa, para só depois de ter o texto escrito me dedicar à leitura, ao estudo e ao aproveitamento (apenas) das palavras nobres que descobri nos clássicos, o que me permitiu criar Leitmotiv para certos capítulos de Géa, mantendo no entanto o conteúdo original, meu e só meu. Portanto, não aprovo antropofagia alguma; e esse é mais um motivo para eu não ter sido jamais e continuar a não ser um tropicalista. Sobre os "ismos" já escrevi muito e também sobre os "rótulos", e não repetirei esse tema cá nesta nota. Lembro a todos que para haver criação tem de haver inspiração direta do Cosmo; e, no plano material, deve dar-se no mínimo um cruzamento de duas coisas preexistentes para nascer uma coisa em verdade nova, com propriedades inexistentes nas anteriores - por exemplo, a água, que tem propriedades inexistentes no hidrogênio e no oxigênio, ou o homem e a mulher que geram um filho; e, como exemplo final, o Ionomag, que é o meu invento de um propulsor iono-magnético, útil para o vôo atmosférico de aeronaves de diversos modelos, e não somente com o formato de um disco voador. Não existe criação nem criatividade em antropofagia - esta é mera colcha de retalhos e nada de novo introduz. Espero então que historiador nenhum me venha rotular o moto gerador da obra como "originalismo" e eu de "originalista", porque não é só o ímpeto da originalidade que me move e muito menos esse é o meu maior impulso interior. Ao movimento de divulgação da obra, iniciado com este site, chamo tão-somente de "Movimento Géa". Quanto ao meu estilo e a minha escola literária, a página "O estilo de Géa" os discute. - CCDB 21-10-2009
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(Mensagem de CCDB para XXXXXXX. )
(Mensagem de CCDB para XXXXXXX. ) 19/06/2004 - 10:17h - CARTA PROFÉTICA Antes de mencionar o próprio assunto, gostaria que, como rosacruz ou místico ou ser de muita experiência de vida - o que preferir - se colocasse fora de você, como se fosse um brasileiro qualquer, mas um daqueles que têm dinheiro ou poder bastante para investir em novos sucessos, seja em que ramo artístico for. Desse ponto de vista, observe a trajetória dos Mutantes como se não fosse um deles. A trajetória no Brasil. As épocas em que fizeram, ou fizemos, sucesso dos grandes. Não deve cogitar, a esta altura, daquilo que você, Arnaldo, Rita e eu gostamos, em matéria de música, nem daquilo que achamos melhor realizar em arte. Deve, por gentileza, pensar apenas em tamanho de sucesso. Ou quantidade, ou seja qual for o adjetivo apropriado para definir o valor de um sucesso como "grande". Desse ponto de vista, os Mutantes se tornaram grande sucesso quando se aliaram a Gilberto Gil, ou este escolheu os Mutantes, para realizarem juntos algo que se relacionava com o Brasil: MPB, guitarras em MPB, inovação em MPB, baiano fazendo roque, roqueiros tocando com baiano - seja como tenha sido, a questão era Brasil! Quando, por outro lado, os Mutantes já eram conhecidos, continuaram a fazer sucesso, viajaram ao exterior, fizeram tudo o que sabemos; porém, dos três músicos, só a Rita continuou a aparecer muito na mídia, a vender montões de discos e CDs. Não estou escrevendo para insistir na Rita: meu ponto é outro. Conserve em mente a palavra Brasil, apenas, do que escrevi acima. A resposta para o grande sucesso é Brasil. Mas não se resume nisso. Se alguém faz algo puramente brasileiro, não basta para o grande sucesso. Para o grande sucesso é preciso alcançar quem se interesse por alguma coisa e tenha poder e dinheiro para investir noutras pessoas que sejam úteis a essa coisa. E essa coisa pode ser a Arte no Brasil, seja qual arte for. Por esse motivo, exatamente porque os Mutantes fizeram algo novo na Arte do Brasil, as emissoras de televisão, as pessoas que as dirigem, a mídia em geral, as empresas (feito a Shell); todos os que tinham dinheiro e poder se interessaram em promoverem o grande sucesso dos Mutantes. Isso foi mais fácil porque a imagem dos Mutantes também ajudava: eram jovens e bonitos, usavam os instrumentos musicais que a juventude apreciava, e tal. Mas outros conjuntos também eram e usavam, porém, mesmo assim, não fizeram o mesmo grande sucesso. A causa do grande sucesso foi a interação entre o tipo de arte dos Mutantes e o tipo de arte do Brasil. Hoje você não é mais tão jovem (imagine eu!), Arnaldo idem e Rita outrossim. Hoje você faz música ótima, mas não faz grande sucesso - não o grande sucesso dos Mutantes. Porque não existe relação do seu trabalho com o Brasil; não, daquela relação tão forte, surpreendente e inovadora que existiu no tempo do grande sucesso dos Mutantes. Como os Mutantes não podem mais voltar, e como a repetição seria bobagem, feito a maioria dos filmes "II", que não chegam aos pés do "I", pergunto: o que poderia ser feito para recriar a mesma situação que gerou o grande sucesso dos Mutantes, mesmo não se tendo mais aquela imagem jovem, mesmo não se tendo mais a novidade da guitarra elétrica (máxime em MPB), mesmo não se tendo mais um Gilberto Gil necessitado e inteligente e com algo para trocar - a sua parte da Arte do Brasil, mesmo não se tendo o Mutante Oculto por trás criando instrumentos avançados e tal? A resposta existe. Temos um novo Gilberto Gil! Temos, sim! E não é o Ministro da Cultura. Sabe quem é? Sou eu! Eu fiz uma obra de Arte do Brasil. A obra de Arte do Brasil. Se você tivesse lido os clássicos, principalmente os brasileiros - e sugiro que consiga um exemplar de "Os Sertões" de Euclides da Cunha (1) e procure (ou tente) ler sem a ajuda de um bom dicionário - veria que as obras consideradas imortais não superam a minha. Não importa se você ou seja quem for gosta do tema, do assunto, das personagens, da história. Não importa se, para a maioria até, a leitura possa ser cansativa. Absolutamente não importa isso. O que realmente importa é que minha obra contém tudo aquilo que define um clássico da Arte do Brasil. Contém mesmo! Se você ler o livro que recomendo acima verá que tenho a mais absoluta razão nesse ponto. Ou se folhear tentando ler - porque "Os Sertões" é de leitura extremamente difícil para quem não tiver andado a ler (como eu antigamente) os outros clássicos, andado a estudar dicionários e gramáticas para conseguir escrever uma obra séria de literatura. Minha obra tem aquela coisa que interessará as tais pessoas que têm dinheiro e poder. Só falta elas saberem! Só falta um dos grandes da comunicação anunciarem. Só falta um dos literatos de renome descobrir. E os literatos adoram ler e lêem fácil (feito eu hoje) "Os Sertões". Eles não se ligam tanto ao tema, à guerra lá na região Nordeste, contada no livro, nem à cultura de Euclides da Cunha, com sua geologia que consegue mostrar as montanhas se movendo e criando o Brasil. Eles adoram é o estilo, o vernáculo, a língua. A Arte do Brasil. Onde é que você entra nisso? Do mesmo jeito que os Mutantes entraram ao se aliarem a Gil. Alie-se ao novo Gil. Alie-se a mim. Alie-se à Arte do Brasil O Ministro Gilberto Gil hoje não representa essa Arte. Ele é "um baiano***". Ele nem respondeu à minha mensagem. Ele tem a turma dele. Mas ele não é o Brasil nem aquelas pessoas que investem na Arte do Brasil. Não é a mídia. Meu convite fica de pé, até que alguém mais, com visão do futuro, resolva assumir o papel que lhe ofereço, como aliado para juntar sua neve à bola que está rolando apenas há dois meses, quase três: a publicação da minha obra, que saiu no começo de Março de 2004. Já contei o que um editor vem fazendo. Acabei de receber resposta do Jô Soares, o Gordo, como ele mesmo assina, de que está estudando o assunto. Essa resposta foi a uma das mensagens que o meu filho Rafael tem mandado às várias mídias. É pura questão de tempo minha obra ser conhecida por aquelas pessoas que têm dinheiro e poder, e por aquelas outras que conhecem profundamente a Arte do Brasil e são capazes de lerem saboreando "Os Sertões". Como é que você poderia se aliar a mim? Você poderia perguntar: E eu responderia: - Justamente aquelas pessoas que têm o poder, o dinheiro, a mídia, e aquelas que se esforçam e lutam pela Arte do Brasil - não interessando a esta altura se nós achamos ou não que isso tenha valor. O que interessa é que essas pessoas acham e investem. Se você fizesse um CD com o mesmo título da minha obra, não apenas estaria acrescentando neve à nossa bola, que já vai rolando, como se beneficiaria quando a avalancha atingisse o vale, onde moram todas as pessoas que serão obrigadas a lidarem com a neve, a comerem neve, a morrerem por causa da neve, a trabalharem por causa dela, a viverem por causa dela. Seja qual for seu pensamento neste ponto da leitura, considere: não existe outra coisa para aproveitar e fazer de novo um grande sucesso. Não na Arte do Brasil. E muito menos tão importante como a minha obra. O (nome de um amigo meu), que é francês, se aliou ao (nome de um grupo afro-brasileiro de arte folclórica) - uma Arte do Brasil - e fizeram juntos o maior sucesso, obtendo ajuda até do governo. E minha obra supera isso. E o nosso passado se acrescentaria a minha obra e à que você fizesse, para aumentar a bola de neve. Se o grande sucesso não o interessa tanto, pense no dinheiro. Pense no gosto de ver sua música tocando na trilha sonora de um filme ou mais, e de um desenho animado ou mais, e de um videojogo ou mais; tudo baseado na minha obra, que passará então a ser sua também. Fica renovada aqui e com essa nova profundidade a minha idéia. E olhe que já dei muitas, das boas aos Mutantes. Amor, do (1) Algo mais sobre Euclides da Cunha ** No filme "Bread and Circuses" Jeff promete um desenho animado no qual aparecerá a cosmonave Altaré; portanto, quando e se tal filme vingar, teremos então Géa in Hollywood! *** A minha expressão "um baiano", na carta profética, nada tem de pejorativo; sim, apenas, identifica um grupo de músicos originários do Estado da Bahia, grupo esse do qual Gilberto Gil faz parte, denominando-os de um jeito que eles próprios às vezes utilizam e com o mesmo orgulho brasiliano que eu teria, se na Bahia houvera nascido. Escrevi isso e o repito aqui com o mesmo carinho e respeito dado por mim a minha mulher, quando a chamo de mineira, a meu filho, se o denomino de carioca, a mim mesmo, quando me nomeio de paulista e paulistano - e a todos nós, quando nos dizemos brasileiros. Isso não me impede de achar que o grupo de músicos baianos se fecha, ao assim se denominar a si próprio. - CCDB. O que penso sobre o atual "sucesso" cometário dos pseudo-mutantes está nas páginas das Reportagens, neste site. - CCDB - 26-12-2007 Todo totalitarismo, de esquerda ou direita, ou do rumo que for, é de natureza nefasta. Meu pai foi prisioneiro dos militares de 64; e, se foi bem tratado, como em verdade foi, isso não me justifica o totalitarismo. Os Mutantes fomos vítimas da censura. Compreendo profundamente quando alguém que viveu a tortura ou conhece a história de torturados (seja naquele regime militar brasileiro, seja em qual totalitarismo for) se revolta e põe a boca no mundo para denunciar isso - basta o nome Herzog para nos recordarmos bem. Quem esteve na mira, na cadeia ou sob a tortura e a censura de nossos militares tem ou teve razão em se revoltar, sob essa perspectiva individual. Ninguém pense que sou contrário e muito menos inimigo de quem assim se sentiu ou sente. Porém, é (e foi em 64) preciso escolher entre totalitarismos, quando nosso país não tem outra alternativa, até que o totalitarismo vencedor, pela própria natureza dos totalitarismos, se esboroe e termine. Quanto a torturas e assassinatos, todo totalitarismo as tem e são iguais. Entre um Brasil que se tornasse Cuba, China ou U.R.S.S., um Brasil que se diluísse no internacionalismo e nunca mais Brasil fosse; entre esses brasis e o Brasil que passageiramente esteve sob o totalitarismo de nossos próprios militares, escolho sem pestanejar este último. E penso ter escolhido certo, porque nem foi preciso um esboroamento e um fim de nosso governo: em tempo mais curto do que a U.R.S.S. (e inda não Cuba nem China) ele se endireitou nos livres eixos democráticos; e cá estamos, hoje plurais até graças a tal governo e a heróis e vilões de ambos os lados, livres de nos tornarmos a Cuba de Fidel, a China de Mao, ou a U.R.S.S de pioneiros líderes marxistas. O mesmo eu diria se o Brasil perigasse rumo ao nazismo. Só me resta alertar para que não nos tornemos uma Venezuela de Chaves, já longe no mau caminho, ou voltemos àquele Brasil antigo, que precisou fazer aquela escolha, pois desta vez o Brasil poderia escolher errado, que até terremotos, furacões e tornados já temos... Hoje posso escrever isto. Poderia na U.R.S.S? em Cuba? na China? Quem deseja um país melhor?* * Isso NÃO significa que eu aprove o governo Lula nem o socialismo. - CCDB AOS JORNALISTAS E MAIS INTERESSADOS Até resolução em contrário (o que depende exclusivamente de mim) NÃO deporei sobre o livro de minha autoria, escrito em inglês e denominado "We, Mutantes" - por favor NÃO INSISTAM. - CCDB - 26-12-2007 |