Clausar imagina como é inútil enfrentar coa fótoma um pêntio:
os aracnopólipos munem-se nos oito tentáculos; possuem chifres,
espinhos, quelíceras, bico, veneno, ventosas e incomparável poder
físico. Por esse motivo, o geóctone inventa e manufatura a Ecoespada:
uma espada de dois gumes, para ser empunhada em uma ou duas mãos,
com longa lâmina fixa de reatâncio, temperado para refletir pouco
géon sem tornar-se negro. Tal lâmina transfixará os mais rijos
laudéis e a resistentíssima das cotas. O aspecto é de espada
comum, cinzenta; e a folha fosca não emite raios, clarões,
nem é retrátil ou se acende, denunciando
ingenuamente o portador.
O expediente especial da Ecoespada é a capacidade de produzir
uma superfície bidimensional rígida, fixada no ritmo (não, no mens),
ao longo do percurso de um golpe, se o triomega aperta um gatilho
no cabo. Essa superfície é escudo impenetrável a todas as radiações,
fora o géon de intensidade suportável à visão; dessa forma, é
transparente pelo lado interno e deixa ver através dela o inimigo;
espelhada pelo lado externo, exibe-lhe a própria morte.
O escudo ecoa (daí o nome Ecoespada) a passagem da lâmina
pelo espaço. A Ecoespada pode produzir dois escudos coexistentes;
quando inicia o terceiro, desaparece o primeiro. O arco máximo
do conjunto dos dois escudos é de trezentos e sessenta graus;
podendo cada qual variar e diferir do outro, nesse limite.
Criando sucessivos pares de escudos horizontais, Clausar poderia
usá-los como degraus e ascender ao céu! Da mesma forma, o
Galáctico alcança subir a qualquer nível sobre o adversário
e contra-atacá-lo de posições privilegiadas.
Os escudos deixam-se atravessar pela folha da Ecoespada a partir
do lado interno, e só por ela; nada mais os penetra de dentro
para fora, nem mesmo a mão ou o corpo de seu portador. Secionados
ou furados pela Ecoespada, os escudos regeneram-se de imediato.
Se o adversário colide com o escudo, pode ser golpeado através dele.
De fora para dentro, a Ecoespada não logra perfurar ou cortar seus
escudos, e nenhum corpo material consegue ofendê-los: são
resistentes feito o reatâncio e fixam-se onde foram gerados.
Se Clausar mantiver imóvel a lâmina da Ecoespada e
apertar o gatilho momentaneamente, cria-se um escudo
monodimensional;
uma linha de espessura infinitésima, invisível,
afiada como o corte da folha de reatâncio, capaz de dividir ao meio
ou ferir gravemente quem passe com massa e velocidade azadas
pelo lugar onde essa linha se encontre, por
exemplo,
um maciço disputante pêntio.
Os últimos escudos ou linhas gerados pela Ecoespada no ritmo
(a dimensão tempo do continuum) duram um tríntado; isto é,
trinta trínticos ou segundos; depois se desmancham estataneamente
e desaparecem sem deixarem vestígios. Isso, se Clausar não os
perenizar, acionando um botão no topo do cabo da espada.
Esse recurso não inibe a produção de novos escudos e linhas.
Ao conceber a Ecoespada, Clausar não pretendeu torná-la imbatível,
nem lhe fez os escudos cobrirem inteira esfera derredor, tampouco
lhe deu insólito alcance e potência ilimitada. O Galáctico criou
proteção simples, eficiente e dentro de seu orçamento, sem
solicitar auxílio ou despender recursos da Ordem. A Ecoespada
põe o geóctone à altura de digladiar com o temível inimigo e
não elimina o prazer da luta: isso lhe basta ao espírito fidalgo.
Destarte, a Ecoespada ecoa, no idioma,
outra raiz nominal: é ecológica.
Não é preciso ler O Príncipe, de Niccolò Machiavelli, ou
O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien: um dos princípios da
educação Galáctica ensina como o poder corrompe e sugere
maneiras de evitar essa corrupção. Seguindo o noruamento da
Ordem, Clausar adestra-se todos os cromats, e jura, no Lugar
Sagrado, só empregar a Ecoespada durante a Guerra Galáctica,
em combate aos pêntios e seus aliados. Findo o conflito, o Irmão
da Espira criará um escudo vertical cilíndrico sobre o chão do
Sanctum e fincará no meio a nobre arma. Sobre a espada e o
cilindro Clausar colocará um triângulo de pedra e passará a
usar o conjunto como altar ou mesa, para quamnum majá
dali retirar o instrumento letal, nem falar nele.
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Nota de CCDB: Idavan Ricciardi é Coronel Médico da Aeronáutica R/R e, na vida civil, médico com título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Associação Médica Brasileira, Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública e diplomado pela ESG (Escola Superior de Guerra) no Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia.
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Nota de CCDB: Júlio C. Martins é Professor da UFES (no curso de Comunicação Social) de Produção de áudio e pesquisador em comunicação e semiótica na linha acústica e percepção sonora. Mestrado em comunicação e semiótica na PUC/SP
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