- Lindo, lindo! E... Ápage! - Clausar segura-se no braço de Caalmor:
o céu e as montanhas, o mar e o horizonte descem! Entre os monólitos
e a Serra das Etérilas de Tubos, o abismo profundo e tetro afunda
com tudo isso, em volta da fixidez inabalável de certa superfície nua,
curva, reluzente, metalescente; e o objeto imenso, ao qual o fulgor
pertence, vai revelando-se devagar, majestosamente estático, enquanto
o mundo soçobra derredor e turva-se o brilho de Rá! - Não!
Não estamos caindo! Aquilo, sim, sobe! Meu Géo!!!

- É a Zero Espira Zero...

- Üa nave!!! Descomunal!!! Decalca-me o ser contra o céu!
E quem seria o fráter número zero nonádico, dono dessa imensidade?!

- Não é um fráter, Clausar: as naves da própria Ordem recebem o
prefixo zero. Quanto ao sufixo, indica ser a primeira Nau registrada
na Irmandade. A Espira é nossa mais poderosa cosmonave, e é
raríssima a oportunidade de observá-la de perto: geralmente surge
na ocular dalgum astrubo, deslocadíssima para o vermelho,
vencendo as mais longíquas distâncias!

- Não estaria a caminho da Terra; estaria? - suspira Clausar.

- Não. Introverta-se: poderá descobrir-lhe o destino junto ao
bio-computador mestre de navegação! Você tem acesso!

- Geus!!! A Espira segue viagem rumo ao planeta Geus! E dele
partirá para orbitar Ro Bolinei! Não é lá onde gravita o TCA?