Silêncio e penumbra dominam o ambiente. Sem auxílio do KSE,
pode-se eriar o ruído dos passos dos "monges" avançando pelo
chão polido do corpo da cruz, no caminho largo entre as fileiras
de bancos. Andam e andam; arrastam os pés muitas e muitas
vezes; sobre figuras e mais figuras decorativas, formadas pelos
ladrilhos do piso. Morosamente, as formas colossais das colunas
majestosas consentem em alterar sua pétrea perspectiva. Para
os Atlantes, a caminhada dura milespectros; de candelabro em
candelabro; ara em ara; fratral em fratral; vulto em vulto de
fiel contrito; eco de prece em eco de oração; sombra de esperança
em sombra de resposta. Alcançam a torre central (onde quase caem
para cima, atraídos pelo abismo semi-esférico) e passam pelas
esquinas dos braços da cruz, repletos de fiéis. O géon do altar-mor,
com seus fulgores soládicos e lumes de círios brancos, aproxima-se
e cresce menos devagar, feito lentissimamente vira lentamente;
e lentamente, lento. A Grandiosidade sussurra para não correrem,
pois nenhuma diferença faria: talvez o ritmo até pausasse mais.
Azulíneo, o vapor aromático de aquillocha evola-se dos turíbulos,
as partículas formam figuras geosas coloridas; e estas tintinabulavagam
pelo espaço, sobem aos lampadários, divertem-se nas correntes de calor,
esfriam, descem e perambulam, até alcançarem os viajores do KSE
e desaparecerem-lhes na escuridão dos trajes monásticos. Ao
deixar-se respirar a atmosfera, os Atlantes por entre ela avançam,
e seus pulmões abrem-lhes mais caminho, escavando a densidade
do ar parado, como as pás mecânicas perfuram
diáfanos túneis no subsolo opaco.