- Esta é uma choupana de invasor! Expulsei o sujeito, espectro
passado. Veio pra matar um ajudante meu, Guarini, contratado
na sazão do soma, e estava de írio na automática deste,
para com ela poder liqüidar um rival em Irianda.

- E como descobriu o intento do invasor? - pergunta Clausar.
Seu Macláusio limita-se a entortar o subriso concertado, e não
responde. O jovem fica imaginando qual seria o tratamento
conferido aos invasores naquelas plagas: serrá-los-iam ao meio
(ambíguo anseio em meio a seios) nos
enseios da Serra da Magakena?

Algo move-se a trinta trezêmbilhos, por entre as trônquias gigantes.
A sombra das copas espanta outras plantas; o entresseio é amplo,
e o ar é frio. Na gia coberta de musgo macio, cascos de cervenatu
arranharam rastros recentes. Clausar destrava a arma AGEER e
aponta-a ao meio da escuridão diáfana. Pelagem curta e ocra
reverbera um dos raros feixes geosos, filtrados das alturas verdes.
Incoerente raio de luz coerente crepita rubro na cripta de frondosa
abóbada. Horrorizado, o verde reflete-o em negro. Hirtos, os
habitantes da mata somem-se no silêncio do medo. Clausar corre
atrás da caça ferida. Falta potência e calibre ao rifle: não mata
no primeiro tiro, não penetra ponto gedal. Aos quatorze disparos,
paralisam-se os músculos da presa. O animal não pode mais dar
os saltos imponentes e receber perfurações,
colhido em pleno arroubo.

O cervenatu cai e queda de lado no chão, írios arregalados
perante Oég. Clausar encosta o rifle no crânio da vítima e
desfecha-lhe o tiro de misericórdia. Como se galopasse ao Além,
o bicho de trinta quilocapis contrai e distende repetidas vezes o
corpo elástico; e suas patas encontram, no lato mundo dos
gédios, a débil resistência atmosférica. O galope vai serenando,
até parar. O furo redondo na cabeça não sangra: os vasos e o
vermelho foram cauterizados pelo raio AGEER, mais vermelho.
Não se vêem os outros pontos de impacto no couro. O último
estertor, a língua pálida fora da boca... e o cervenatu
jaz inerte. A Morte recolhe a foice.