O ritmo retoma o andamento normal. Os objetos movem-se.

Silencioso, no âmbito do anel de Galácticos, o Ser acerca-se-lhe
da borda e tangencia o corpo-Ky de um deles. Ao ingressar-lhes
no círculo, sua Géa propaga-se a cada qual; todos unidos em
uma só consciência, transmitida ao ambiente e passada de mão
em mão pelos ramos do sistema nervissímil. O chão trepida
com o abalo sísmico do toque. E esse
giamoto é enkil, suave, amigo.

O Ente de géon soládico entra inteiro no corpo-Ky do fráter!
E sai; e vem vindo; e penetra; e ressai; e reingressa em cada
irmão, mais e mais perto de Clausar! O enk
intui: "- Breve me alcançará!".

O fráter bem à direita é contatado. Clausar vibra de emoção: a
Géa do contato atinge-o e não parece poder intensar-se, quando
lhe chegar a vez direta. E sabe: essa mensagem cabe
ao irmão. Sente-o transmutar-se; como o
chumbo em soládio, na alquimia!

Clausar escuta novamente a Voz:

- PAX.

AGORIUS. - O enk não resiste e pergunta: "- Donde vem este Ser?"
- e; não se localiza de quem (não do Ser); a Voz responde:

- É DE MUITOS LUGARES... EM TRIDELTA, ALGUNS O
CONHECEM COMO "O FOGO DA TERRA"; OUTROS, COMO "O FOGO DE DEUS".

AQUI, TEVE INÚMEROS NOMES; ENTRE ELES, RÁ!

Clausar pasma-se; e a Voz prossegue:

- TAMBÉM FOI CHAMADO AGORIUS, FRACTALIUS, LIQUÍRIO,
GRAVESIUS, LUMÍNEO, SINERGIUS, SULNORUS, PTÉRIO,
INERIUS, STEGUS, CROMATIUS, LATENTIUS, PROFUN...

"- Como o chamam hoje?!!" - interrompe o enk.

- PROCURA EM TUA MENTE, GALÁCTICO! ESTÁ LÁ!

"- Iriei quando surgiu, ao lado da arieira... Desceu do céu
e subiu do chão! Veio de Géo e de Géa! Do Géon!

Géon... Géo... Géa... Árion... Ge... árion... Geárion...

Sim! GEÁRION tu és!" - proclama Clausar, como se
falasse ao próprio Ser; não, à Voz. E continua:

"- E és mais! Sim!!! És o Ky... O KYENK!!!

És Geárion, o Kyenk!!!...".

- NA PAZ DO AGORA... - diz a Voz.

E o Ser está, agora, bem diante de Clausar!

O Universo dissolve-se em Géon, por um estato. União.
Entendimento. Complacência. Suprema benignidade. O Ser
infunde Géa e Paz, preenche e transborda o abismo do Ky...

Não demora. Nada pronuncia. Detém-se o suficiente e passa ao
fráter da esquerda; deste, à sóror mais adiante; e,
de um em um, cumpre seu propósito.