Súbito, alcança! Está Lá! Está AQUI! E cá não enxerga
mais aquele géon; entretanto, perscruta e vê: é lúmia
sem pran; misteriosa, quase indevassável.
Uma Voz sussurra: "- Checabari!".
O enk visitara o local da Grande Loja Galáctica da Jurisdição
de Língua Teruziana. Há espectros, havia ido em corpo físico
a Checabari para conhecer o Santuário, e nunca mais viajou até
lá (aqui). Não obstante a denominação pronunciada pela Voz,
Clausar sente ter chegado a um setor diferente,
pois não reconhece o gieno.
Vasto relvedo. Densa mata à esquerda. Pequeno templo em
estilo keferiano à direita, quase iniriável na sombra da lúmia.
Gizam-se trevosos contra o céu, pouco menos escuro, os
topos das trônquias florestais e da construção doutrônada.
Conformam o horizonte planetário e lembram a perspectiva
das estações espaciais globosas. O geóctone pode enumerar
as írias, esmaecidas pelo halo de uma arieira (acesa, feito
fogueira são-joanina, num claro no meio do gramado)
cujo lume não desentenebrece o têmplulo.
Clausar ingressa nesse ambiente quase sem mudar de posição:
como estava na cadeira dura, continua sentado na relva macia,
já de pernas cruzadas. O sereno lúmio ainda não caiu, e o chão
seco retém alguma quentura dos raios rádicos. Iniriável nesse
lugar, o géon do Sanctum não desampara
Clausar.
Os írios psíquicos adaptam-se.
Em volta da arieira, o enk distingue larga circunferência de
entes geosos, com géonas iguais à dele. São enks e kenas. Aportaram
ali, durante o trabalho no recinto sagrado de suas casas. Vieram
dos retiros mais distantes de Géa. Só uma é tridéltica, e são
todos Galácticos! A única alienígena é menina; está longe, e Clausar
não a reconhece, além do clarão ariante, pois mesmo este não a
desentrevece. O enk não fita um por um nem faz cálculos; de
certa forma sabe: são cento e quarenta e
quatro, se contado ele próprio.
Movidos por secreto impulso; bem ao mesmo ritmo, todos
enlaçam os braços; qual se fossem sair às ruas, confrontando
repressoras polícias, em marcha pela liberdade. Unidos,
encadeiam-se, com firmeza. Feito os pontos formadores das
linhas, transfinitam. Sobe e avigora-se a freqüência grupal;
seus batimentos incontáveis excedem o último alef,
e esses seres tornam-se Transmutantes.
No interior de cada sóror e fráter mais próximo, bem como
dentro de si, Clausar divisa um sistema neurissímil, delineado
em lácteo lume e marginado por brilho soládico. O fulgor dos
irmãos e irmãs distantes funde-se e traça o círculo poderoso,
com a arieira no centro. Os corpos-Kys compõem-se de géon
diverso: um gel transgeoso, diafaníssimo, silhuetado em
centelhas
e eflúvios safíricos; um colóide, cuja
fase
de nódulos mens dispersa-se na fase da Géa.
A intensidade da Géa incrementa-se ao extremo.
Do árion central ecoa nos céus e na gia uma Voz.
Geaica. Redonda. Harmoniosa. Firme. A Voz profere:
- PAX.
AGORIUS. - e silencia.
O significado enganaria os menos versados na língua rônida;
não, os presentes. Até os mais incultos (pois cultura não é
qualificação para o ingresso na Ordem); todos sabem:
"Pax. Agorius." não significa "Paz do Agora". Não seria essa
a tradução apropriada do rônio. Foram pronunciadas duas
dicções,
cada qual monovocabular. A primeira é mesmo
"paz". A seguinte pode ser o nome de alguém!
Erguido pela Géa, o grupo encíclico levita! Coeso, despega
do chão; e sobe, e parte, e voa, com ligeireza de suplantar
os truques das seqüegéticas realistas fantásticas. E alcança o
firmamento, e fixa-se, e desenha imenso Írio. De braço
dado, o enk fica no anel; paradoxalmente, pode avistá-lo
de
perspectiva externa e vê o Írio. O Írio o vê também
e resguarda com beldo! Clausar é uno com Ilo!
O círculo fraterno obliqua, acelera e trilha a senda do abismo!
As irmãs e os irmãos da Ordem contemplam espiras e objetos
estelares. Proto-írias, quasares, nebulosas, aglomerados,
correntes
gravíficas, portais doutras dimensões. Clausar não
calcula a duração da jornada. Longa.
Esmá-la transcender-lhe-ia a géa.
O entorno altera-se. O fundo desobumbra-se. Os viajantes
encontram-se nalgum salão de convenções, carpetado em
rubi e encadeirado com poltronas velprúnicas, da mesma cor.
Fragrância de ambiente recém-concluído; odor agradável de
objetos virgens. Madeira polida. Condicionamento atmosférico
perfeito. Requinte. Magnificência utilitária,
funcional;
quase luxuosa. Poder Galáctico!
A roda dispersa, sem desvincular-se. As sórores e os fráteres
pervagam, juntos em Ky, entreiriando géonas. Todos conservam
silêncio, pois bailam cores e clarores, e Ritmas cantam mais alto.
O elo dos cento e quarenta e quatro agrega-se e prossegue.
Outra vez, estão no relvado. As labaredas da arieira não lhes
iluminam os corpos-Kys, clareados pelo próprio géon. Como
antes, a mata e o têmplulo recortam-se na stegosfera de írias
tênues. Fatigados pelo vasto dispêndio de géa, todos pressentem
o final da reunião; e, inexplicavelmente, mantêm-se unidos,
braço
a braço. Ninguém sugeriria; nenhuma antecipação havia
de: "- Algo falta acontecer.". Findo era o encontro...
Quando menos esperam... ei-lo! o apogeu; ei-lo! o ponto
mais significativo da aventura cósmica. O próximo
evento ocorrerá por si, fruto de vontade ádvena!
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Nota de CCDB: ver qualificações de Sergio Sacco na página "Melhor que o resto do site?"
Nota de CCDB: Idavan Ricciardi é Coronel Médico da Aeronáutica R/R e, na vida civil, médico com título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Associação Médica Brasileira, Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública e diplomado pela ESG (Escola Superior de Guerra) no Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia.
Opinião de Júlio C. Martins sobre as minhas ilustrações
Nota de CCDB: Júlio C. Martins é Professor da UFES (no curso de Comunicação Social) de Produção de áudio e pesquisador em comunicação e semiótica na linha acústica e percepção sonora. Mestrado em comunicação e semiótica na PUC/SP
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