Bem rápido, aprende a caminhar com sete pernas, avançando
meio de través, com o lado direito mais à frente e a perna de
trás esquerda transformada em leme e impulsor direcional.

Rá apanha a zúmbia com uma garra de prova de Clausar; o
gamóvolo ainda remexe as pernas encolhidas, ferido de morte.
Sem tocá-lo (pois conhece o poder zumbi do stíngeo), o enkinho
passa-lhe um fio de linha ao redor da cintura elegante e dá nó
folgado, para não cortar. Com ínfimo pedacinho de flexfrátax
adesivo, Rá fixa a extremidade livre do fio à ponta da régua
trezêmbilha do pai e aproxima da telária o corpo balouçante
da zúmbia, já bem no alto do batente lateral sestro, cuidadoso
para não cair pela vigia. Desta vez, não há Laranja
nem ajuda misteriosa para salvá-lo...

- Sssiiiiiiií!!! Regirar dois pernângulos! Fixar télia! Ancorar
quatro pernas. Elevar três membros frontais! Abrir quelíceras
e palpos! A zúmbia stíngea está atacando!!!... Sssiiiiiiií!!!
Não pode ser! Empolei-a de veneno!... - age e pensa a telária.

- Sssiiiiiiií!!!... Ah! É o enkinho! Está me oferecendo a zúmbia!
Mawmawmaw... Enkinho é amigo! Não pico a mão dele! Mato
zúnias para ele! Limpo a toca dele!... Por outro lado... Não.
Mawmawmaw... Não aceito esta zúmbia. Não é estilo telárico...
Deve morrer em paz. Duelou bravamente. Mawmawmaw... - ato
contínuo, a telária abandona a posição de defesa
e prossegue no curso em direção ao forro.

- Ué... A telária não quer pegar a zúmbia! Devia pegar! Foi ela
quem matou!... - e, mais algumas vezes, Rá procura fazer o
telarídeo agarrar a presa quase morta. Entretanto, a telária tem
seu código de honra. De lutadora mais poderosa de Géa.
Guardadas as proporções; elastos, venturas, trigonodons e
todos os demais caçadores não chegam a valer uma sequer das
quelíceras teláricas... Talvez só os enks possam equiparar-se
aos artrópodes telarídeos da ordem dos telaídeos como animais
predadores! Daí o respeito e a admiração mútuos.
Quanto ao medo... só por parte dos enks!