Artrus retorna à Erictônio e, ao repousar a foice na beira do carro,
a ponta afiada puxa-lhe o capuz de sobre a cabeça. Espantados como
se Oég lhes irrompesse ao lado, Umglad e Arqueu arregalam írios e
olhos para Artrus: o último dos Altruégs recuperou a feição eutrófica
da juventude; e nenhuma outra no Cosmo a iguala em serenidade, em
paz, pois sua antiga incapacidade de matar, sua bondade exagerada,
seu respeito infinito pela vida, aliado à nova coragem o tornara
infinitamente belo! E, paradoxalmente, Artrus é o responsável pela
exsicante foice da Morte! Árduo encargo dos Kys das Espécies,
obrigados a planejarem, replanejarem e manterem pérfidos
genes extintores da gédia em todos os seres de suas castas!

- Agora compreendo! - balbucia Clausar, desarmado não obstante
intérrito, inda sob o índex sinistro de Oég, aguardando-lhe o golpe
letal. - Todo Ky único traz em si a função da Morte! Não é por
malignidade: é por necessidade! Mas por qual motivo destrói o
Cosmo, os Amigos, o Bem? Qualtum, Geárion? - e Geárion não
responde o tumqual. Baixa o dedo e, com o mínimo da mão direita,
onde os ossudos pólice e índice continuam colados pela cera de
Síncope, principia a descobrir o crânio. Clausar treme, ao imaginar
se verá ali, face a face, o seu próprio rosto e (como ensinou Poe)
a sua sentença de morte! Entrestato, Oég exibe a caveira zarolha,
a Caveira das caveiras, ante os írios níveos do enk, os simulacros
de írios palentes do psido e os ocelos rútilos
de Tóxia, a telária imortal.

Mais sobre Artrus

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