Cleona puxa Iulia pela mão; e o par caminha rumo à popa, a
flutuar rente ao convés, quase o tocando coas sapatilhas. Iulia
traja malha justa quadriculada de preto-e-branco, qual as bandeiras
das competições automobilísticas, e Cleona usa colante de listras
sigmáticas enviesadas, brancas e pretas, cuja largura e direção
variam, formando desenhos harmoniosos com as curvas do corpo*.

Ao ultrapassarem o mastro principal, as entidades psídicas param,
circunvagam o olhar e não notam a presença de indiscretos.
Cleona procura em seu banco de dados a música ideal para o
momento, e não a encontra; Iulia sorri-lhe, põe-se a cantar
como as sereias, e seu canto é ouvido no espaço,
pois flui em ondas mens.

*A veste de Iulia (à esquerda) se parece com a descrita acima; porém a de Cleona (à direita...)
é tão-somente o que eu consegui desenhar, com os parcos recursos de computação gráfica ao meu
dispor na época da ilustração, e em quase nada semelham o que imaginei para trajar a bela mulata
de realidade supravirtual. Por favor, visualize-a tal como reza o meu texto: "Cleona usa colante de
listras sigmáticas enviesadas, brancas e pretas, cuja largura e direção variam,
formando desenhos harmoniosos com as curvas do corpo".

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