Em Géa foi prevista a tragédia na Cachemira! O texto abaixo fala por si. Ele se encontra na página 2199 do Livro Décimo - Éter - de Géa, onde o diálogo inicia-se com a fala de Arqueu e a resposta de Louriage, a qual vem do porvir para a época onde esse colóquio se dá: |
" - Oh, quando deparar o fim certo... a melodia reviverá Almé. - A Música das músicas, Arqueu! É pura Vida! - Quase pura: finda inarmônica. A Vida é mais sublime. - E... E não posso deslembrar-me: tira-a sem piedade. - Sim. Sou quase dono da Vida; a Morte já me acompanha, há muito, pelos intermúndios, a amenizar-me a solidão... Sou velho verismo, a remascar verdades; a temer, querendo, o mericismo de novo romantismo; feito quer, temendo, o reumatismo a anciã beata, sinal tremendo do fim dos ismos, começo colendo da célia ceata... - Do céu desci coa Blue Chaos ao vale de Cachemira, para admirar a paisagem, os tecidos de lã, as peças artesanais de prata, os artefatos de couro, a tapeçaria e os brocados. Aproveitei a época de calor na Índia; e valeu a pena, pois ninguém sabe se as coisas continuarão ali, caso se deflagre... ih, deixe pra lá: é sucesso do porvir e empeça-me. Aproveitei para dar um pulinho cá no estúdio, confirmar o encontro de toda a turma amanhã e pegar o plectro predileto de Sérias; esqueceu-o nesta cabina, acho..."
"Géa" começou a ser escrita em 10/10/94, foi registrada com texto parcial pela primeira vez em 27/09/96 na Biblioteca Nacional e novamente registrada COM TEXTO INTEGRAL em 08/01/2003, na mesma biblioteca. Está lá para quem quiser conferir. Atenção: eu, o autor de Géa, não me intitulo profeta. Tentei por todos os meios normais publicar Géa, assim que a terminei, mas levou um ano para vir a público. Noticiei Géa ao Presidente da República Fernando Henrique Cardoso (que me respondeu desejando sucesso); fi-lo ao Ministro de Estado da Cultura do governo seguinte, Gilberto Passos Gil Moreira (que me não respondeu) e a mais de quatrocentos editores, cujos endereços descobri na Câmara Brasileira do Livro. Desde antes de principiar o trabalho, sabia que não estava só ao escrever a magna obra; porém, não, que previa a tragédia na Cachemira, ou que Alguém me usava como veículo dessa previsão. Se soubesse que um terremoto, parecido com a tragédia velada que "inventei" para pôr na boca de Louriage, no escrito Géa, atingiria a Cachemira, teria corrido pelas ruas gritando o alerta, mesmo que por isso me prendessem ou internassem num hospício. - CCDB. CCDB - 11-10-2005 |